30 de dez. de 2009

Aquele olhar perdido...

Ainda me lembro como se fosse hoje...Estava caminhando no parque como de costume, quando encontrei aquela garota e seu olhar perdido. Tentei me perguntar o por que daquele olhar. Foi quando resolvi sentar-me ao lado dela e puxar conversa. Ela meio inibida aos poucos foi se deixando levar... Falamos sobre muitas coisas! E foi então que em uma das conversas descobri o que lhe acontecia. Só então parei pra pensar como o amor é avassalador... aquela garota sofria de amor, por amor... Ela me contou sobre o seu amor perdido. Me contou a dor que sentia ao lembrar sempre dele. Ela chorou. E eu sem saber o que fazer, só encostei sua cabeça em meus ombros e continuei a ouvir a sua história. Mas que história triste! A garota parecia não se encontrar mais. Como se alguém lhe tivesse tirado o chão! Ela queria se livrar desse sentimento, mas era algo maior, dizia ela. Ela vivia numa luta incessante. Eu disse a ela para que não desistisse. Pois o novo sempre vem... E ela ainda tinha esperanças. Mas algo me incomodava naquela garota. Senti que aquelas pareciam suas ultimas palavras. Depois de ter desabafado com um estranho (ela não perguntou meu nome e nem eu perguntei o dela), pediu que eu a deixasse só. Continuei o meu caminho, e ela foi seguindo, seguindo, até que eu não pude mais vê-la. Depois do meu habitual caminho, na saida do parque, vi uma multidão na rua. Carros batidos, ambulância... Não senti uma coisa muito boa! Foi quando resolvi olhar no meio daquela multidão... Estava lá no chão aquela garota... Mas que deprimente, ela se matou! Não consegui ter pena dela. Afinal, que tipo de pessoa merece a sua vida? Isso é não ter amor próprio de certo. Desde então ainda me pergunto: Como é possível alguem se matar por amor?

28 de dez. de 2009

Cheiro de saudade.

Hoje senti cheiro de saudade. Saudade de um tempo bom... Lembrei das brincadeiras daquele lugar, das amiguinhas de infância. Lembrei daquela rua de barro por onde andava de bicicleta... daquele parque onde andava feito uma louca sobre os meus patins. Daquela escola que eu adorava frequentar... os jogos nas ruas... pega-pega ou esconde-esconde... tanto fazia, o importante era brincar! Sinto saudade da inocência que tínhamos naquela época... O tempo passa... Mas continuo a sentir saudade... não mais desse tempo! Um pouco mais além. Saudade das descobertas na escola... o primeiro beijo, o "primeiro amor", a primeira namorada, a primeira desilusão... Saudades de amigos que hoje nem sei por onde andam ou o que fazem. Saudade das minhas loucuras musicais, hehe. Saudade daquele primeiro emprego que sempre será inesquecivel... O primeiro bolinho de dinheiro que dá aquela sensação de vitória e de não precisar mais dos pais... Senti cheiro também da fumaça daquele lugar. Lugar onde tenho ótimas, boas e más recordações. Lugar onde vivi muitas "primeiras" experiências e quebrei muitas regras e tabús. Saudades do dia em que vivi minha independência (a primeira de muitas). Saudade de tudo que já passou... Afinal, ter saudade é sinal de uma vida bem vivida e não arrependida... Saudade é uma coisa boa. Eu sinto sempre... saudade.